Cigarro e cirurgia plástica: uma combinação desastrosa

Postado por explay em 27/jul/2021

Você provavelmente já ouviu falar de todos os malefícios do cigarro em propagandas, folhetos e nas próprias embalagens do produto.

Mas se você deseja fazer uma cirurgia plástica, precisa levar essa recomendação um pouco mais a sério. Isso porque o cigarro e suas mais de 4000 substâncias tóxicas interferem significativamente nos riscos antes, durante e após o procedimento cirúrgico. Neste rol de substâncias, podemos destacar o papel da nicotina. 

A nicotina é uma substância que estimula a vasoconstrição, o que em termos gerais, irá diminuir a quantidade de sangue que circula pelos vasos sanguíneos, dificultando a cicatrização e aumentando as chances de necrose. 

Outro problema importante comum em fumantes é o acúmulo de muco e as tosses frequentes. O acúmulo de muco prejudica a oxigenação do sangue e também a respiração do paciente, problemas que podem levar a riscos sérios durante a cirurgia. 

As tosses frequentes causarão dor no processo de cicatrização e poderão ocasionar sangramentos nas partes operadas, o que em alguns casos leva até mesmo a uma segunda cirurgia. 

A baixa oxigenação também prejudica a qualidade da cicatriz. Pacientes que fumam têm uma chance muito maior de terminar o processo de cicatrização com marcas nada agradáveis devido à dificuldade do tecido de oxigenar e vascularizar.

Se você fuma e deseja fazer uma cirurgia plástica, mas não quer abrir mão do cigarro, saiba que também terá chances muito maiores de sofrer uma trombose venosa ou adquirir infecções diversas. Um risco alto para a sua vida. 

A recomendação para fumantes é que parem de fumar com, no mínimo, 30 dias de antecedência ao procedimento. Se possível, interrompa três meses antes. Este prazo será suficiente para que seu corpo tenha melhores condições de enfrentar o processo durante e após a cirurgia e também garantirá resultados mais satisfatórios. 

Para plena recuperação, é recomendado também que o paciente permaneça sem fumar por trinta dias após o procedimento, minimizando drasticamente, junto aos outros cuidados, as chances de intercorrências e complicações. 

 

Um olhar adiante

Parar de fumar em preparação a uma cirurgia plástica pode servir como o primeiro passo para se ver livre do cigarro. O número de pessoas que acaba por falecer em decorrência do tabagismo é de cerca de 443 a cada dia, somente no Brasil. Pessoas que têm suas vidas ceifadas em decorrência deste vício tendem a sofrer uma morte lenta e dolorosa, sofrendo com doenças como câncer, enfisema pulmonar e até mesmo problemas cardíacos. 

É importante ressaltar que o SUS possui uma ampla rede assistencial que disponibiliza tratamento para aqueles que querem se livrar do tabagismo, basta começar. 

E você, já conhecia todos os riscos que o cigarro oferece à sua tão sonhada cirurgia plástica?